Saudades de mim, das minhas forças das minhas terras, dos
amigos, da família, do amor, do toque, do cheiro, da leveza, da dança, da
bebida, da risada, da estrela, do céu, do dengo, do olhar, da vida que eu vi
passar.
Hoje, penso no futuro que não tenho e no futuro dos que têm.
Onde está à arte em tudo isso? Como não desanimar? Café?
Como não surtar? Como não engordar? Como não se sentir
culpada? Como motivar? Como se motivar? Como levantar? Como estar presente
quando sua alma voa longe?
Nenhuma resposta aparece é só o som que cobre esses anseios.
O sotaque me alenta!
Gosto de você meu amor para mim! Frase das mais lindas do
mundo. Hoje quero ser egoísta e pensar
só em mim. Sem você, vocês, eles, elas.... Só eu. Pode?
Cadê a arte? O amor? A alegria? O motivo de estar?
Não quero sumir ou deixar algo irrelevante. Para isso preciso
de forças.
Hoje sinto que preciso deitar e dormir. Sonhar como os
justos, beber como os inconsequentes, comer como o glutão, dançar no chão e
correr pela orla.
Tem que fazer sentido?
Acho que não.
Ouvindo “Jogo do
peito” da Orquestra Contemporânea de Olinda.