sexta-feira, 12 de maio de 2017

Saudades no peito

Hoje estou exausta, cansada mesmo...  e só pensando em saudades.

Saudades de mim, das minhas forças das minhas terras, dos amigos, da família, do amor, do toque, do cheiro, da leveza, da dança, da bebida, da risada, da estrela, do céu, do dengo, do olhar, da vida que eu vi passar.

Hoje, penso no futuro que não tenho e no futuro dos que têm. 

Onde está à arte em tudo isso? Como não desanimar? Café?

Como não surtar? Como não engordar? Como não se sentir culpada? Como motivar? Como se motivar? Como levantar? Como estar presente quando sua alma voa longe?

Nenhuma resposta aparece é só o som que cobre esses anseios. O sotaque me alenta!

Gosto de você meu amor para mim! Frase das mais lindas do mundo.  Hoje quero ser egoísta e pensar só em mim. Sem você, vocês, eles, elas.... Só eu. Pode?

Cadê a arte? O amor? A alegria? O motivo de estar?

Não quero sumir ou deixar algo irrelevante. Para isso preciso de forças.

Hoje sinto que preciso deitar e dormir. Sonhar como os justos, beber como os inconsequentes, comer como o glutão, dançar no chão e correr pela orla.

Tem que fazer sentido?

Acho que não.


Ouvindo “Jogo do peito” da Orquestra Contemporânea de Olinda.